quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O (A)MAR





O cheiro que paira no ar,
É delicadeza acreditada
Por um Eu que estima o mar.
Acrescento valor concreto
Ao mar
Porque o amo!
É o (a)mar que invejo
Quando me falta.
É a saudade solidária
Como as folhas das árvores
Dos arbustos e plantas
Quando o vento as separa.
Este cheiro a mar,
É como um caule enraizado
De forma profunda
Com a força de todas as vidas.
Tudo tem vida.
Tudo do que aqui falo, tem vida.
Até eu, e Eu e mais alguém.
Não é o cheiro que se movimenta,
Porque o corpo enruga
Com o proveito de tantas marés.
É o tacto que me reflete
Quando toco o aroma,
Quando absorvo a essência
Que me arrepia o desejo.
É o mar.
Sim, é o mar.
Foi no mar que a vida foi,
E é, e irá ser. É assim.
Tudo se transforma,
Sem morrer na alma do Tempo.
E eu, como tu,
Ficamos juntos,
Com o cheiro
A um toque,
E (a)mar.



05OUTUBRO2016

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