Não sei o que possa sentir!
Sei que me sinto traído por,
Uma saudade sem limites.
Ainda não partiste!
Acredita que nunca partirás.
O corpo, é um invólucro
Que me farto de referir.
Apenas invólucro.
A alma, que te quero sentir,
Sempre senti, porque é a minha.
É uma sensação de hereditariedade.
Atua Alma, é a minha Alma.
E são contínuas!
São complementares na simplicidade.
São o que és, o que ainda és,
E o que eu sempre serei.
Não sei quanto tempo durará o corpo.
Sei que Deus é paradoxal na emoção.
E é o que me dói.
O que mais me dói, é a dor que fica.
Já o disse algures.
As tuas asas, estão limpas.
As tuas asas, estão prontas.
A janela, se pudesse, seria a meu encargo...
Só me resta o fim do dia,
O Crepúsculo emocional.
Só me resta o nascer do dia,
A auréola da Vida.
Os cheiros bons, as flores,
Os riachos, as crianças e os sorrisos.
Nada disso se perde.
É depois, quando todos estes valores,
Valerem o que realmente valem.
Tudo! Porque valem tudo, e
A razão de termos o valor que temos.
Hoje, é um dia especial.
Hoje é sentir-te assim, e muito mais
Do que qualquer um dia, eu te sentiria.
Hoje é mais um dia,
Em que te chamo Mãe!
05MAIO2018