Cheira a vazio.
O vento é lento,
Eterno e desencontrado.
Nada permanece no mesmo lugar.
Aqui, onde estou,
Sentado e meio concentrado,
Não será por muito tempo.
Deito-me como me levanto
A manhã, tal como a noite
A estrada, tal como o mar,
Formas e misturas abstratas.
Basta pensar.
Fechar os olhos
Agitar a memória.
O vazio, cheiro inócuo,
É um ventre de vida
Poderoso e insignificante.
Insanável presença a minha,
Maleita de casualidades
Que consigo reverter.
Este vazio
Deixa de existir.
Tenho antídotos de sobra
Que me engelham as ideias.
Vou deslaçar as faltas
Com crescendos de luz.
Devagar,
Devagar que o corpo estranha.
Nada de pressas,
Velocidades e ânsias dementes.
O vazio evapora-se
Por entre os dedos.
Dentro da Alma,
O brilho, um ardor e
A paixão.
Renasço,
Outra vez!
27junho2017
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