Se a permanência da minha inactividade,
Fosse premiada, estaria em modo vitorioso neste momento.
O que me abstrai de ser coordenado com o Tempo,
É a memória principal e imediata, que me trai
Com percursos a que não consigo fugir.
Soam-me ecos que se reproduzem,
Num ambiente interno, para que os olhos vejam tudo,
Enquanto fechados, num processo anormal.
Vejo de olhos fechados, perco a visão quando os abro.
Claro que não é função normal das retinas
É uma dispersão imaginária, onde crio o que consigo.
Tomar eu, ser o que quero! É uma tentativa de...
Há uma estrutura de vidro frágil,
Que me quebra o ritmo interno e compulsivo.
Tenho obrigatóriamente de ter cuidado comigo,
Para comigo e para meu bem!
O que vejo e oiço do Mundo contemporâneo,
É muito diferente a Arte que me distrai.
Condensa-me de forma negativa,
Mas é claro que reajo porque o sei.
Precisava de sujar esta folha.
Precisava de preencher com esta simbologia,
Porque é a minha lógica e centro divino.
Falar comigo, é essencial!
08FEVEREIRO2021