É verdade!
As minhas sinapses estão num caos.
Um estado caótico positivo
Alimentado pela Felicidade!
É tão estranho este paradoxo.
Ora, se os meus neuronios,
Individualmente, comunicam
Com sensações e energia
Que as minhas sinapses despacham
a uma velocidade virtiginosa
Via neurotransmissores,
Neuronio por neuronio,
Se a minha sensação é
De reais e crescentes degraus
Galgados na Torre da Felicidade,
Porquê e para quê, este caos interno,
Que se compara de forma oposta,
Mas com reacção final semelhante,
A outros tipos internos de caos?
Os negativos, que não sinto agora?
Quem sou eu e esta massa estranha
Num craneo cheio de uma matéria
Tão ignóbil, e imprescindível
Mas que não se deixa conhecer?
Como sou de Soberba,
Posso comparar num grosso modo
Com um bife fantástico, à minha frente,
Mas que só tenho capacidade
De consumir dez por cento.
Sadismo divino? Egoísmo do Criador?
Arquitectura emocional ?
Venha de lá Senhor, Criador,
E tire lá esta coisa a limpo!
Para quê desperdiçar o Tempo?
Eu sei uma resposta. Para que não pare,
Mas não deixando de existir,
Não parando o Tempo,
Porque não alterar a forma?
Altere os porquês e a ignorância.
Esta sensação de "coisas" que sinto,
E tantas vezes se movem
A velocidade não sei se quântica
Se como é criada ou como existe,
Com uma louca velocidade,
Escondida, disfarçada,
Impossíveis de ver a olho nu,
Qual é a minha função real?
Serei eu sinapse de outro neuronio
Num qualquer outro lugar?
Não acredito. Sou pesado e lento.
Mas penso como as sinapses,
E entro em caos como o que elas
Criam em mim.
O Caos está criado,
Mas é bom senti-lo como Felicidade.
Tudo se transforma, nada se perde,
Apenas o caos e as suas formas.
Fico à espera da resolução?
Se tiver o Tempo comigo,
Se o centro neste meu círculo,
Quiser mostrar que o que está em cima
É o que está também em baixo.
Caro Senhor,
Claro que espero!
Com ou sem caos,
Mas Feliz por favor!
11ABRIL2017