quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

RAÍZES ESTÉREIS





Fazendo justiça ao que penso,
Sobram falhas de felicidade
Distribuidas por tantos motivos.
As notícias. A Imprensa...
Reduzo-me a absorver negatividade,
Na certeza que, muito do que vejo
Nã é pura realidade, mas manipulação.
Sei, que o fulcro das questões,
Não é certo, por acção humana abusiva.
O sofrimento é extremo,
Existente e persistente,
Sem real via de extinção.
Só o Homem está em via de extinção.
Mutila-se num suicídio consciente
Que não admite como real.
Os políticos.
Quem são os políticos?
Um virus criado à imagem da História,
De uma forma disfuncional,
À imagem do Homem.
Quando o interiorizo,
Procuro analisar a boa parte!
A melhor parte e, até a felicidade.
E encontro.
Encontro partes de resultados.
Encontro cada vez menos partes,
Mas encontro. E planto-as.
Vejo-as como raízes férteis,
Onde o defeito está no solo estéril.
E penso na esterilidade da vida.
A virose pandémica da hipocrisia
Contra a inocência pura.
O sorriso das crianças.
O encanto da vida.
A nostalgia de a não ter,
De não poder viver no mundo delas,
Tão diferente, tão naturalmente
Como sádica é a evolução na vida.
E chega a pré idade adulta.
E tudo roda na vida, no mundo,
Recicla-se a entrada no indesejável,
Nas obrigações e prejuízos,
Na luta pela sobrevivência plástica.
No fundo, a sociedade, é uma instalação
Que se torna cada vez mais abstrata,
Cada vez mais possessiva e ambivalente.
É aqui que a Arte é específica
Sem ser específica absolutamente.
É o prolongamento da vida,
O mimo das almas, a fuga à realidade.
Não se pode fugir. Não vale a pena tentar.
Não se pode desistir. Não vale a pena ter pena.
Fazendo justiça ao que penso,
O que mais gosto, é estar vivo. Eu. Vivo...
Vivo para poder pensar surrealisticamente.
A conclusão é feita de uma garantia
A do corpo.
A da morte.
É a única garantia quando se nasce!
Por isso, por tudo e por nada,
É assim que aproveito o Sol,
A chuva, O vento, O mar, O céu,
As crianças, O dia, A noite,
O Amor... Os Eus!
É esta a razão de termos nascido!
Aproveitar a benção,
Desenvolver as raízes,
E não chorar no fim.



23FEVEREIRO2017

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