quinta-feira, 27 de outubro de 2016

CINZAS



Desligar a corrente
Que vejo à minha frente
Mas não posso.
É o mar
Que alimenta outras correntes
Delimitadas e alternadas
Com prejuízo e sortilégio
Mas amadas.
Devasto princípio
De uma filosofia agreste
Que se veste
De conceitos inacabados.
São todos, os conceitos.
Inacabados
Desamados
Desgarrados
Bravos e inocentes.
O mar é fonte
Corrente quente
Brava e desleal,
De fio a pavio, um
Furacão integral
A consolidação das Almas.
É o poiso das cinzas.
Onde quero as minhas.
Depois do corpo
De onde vim
Onde quero ficar.
Sabeis agora!
Se for que seja,
Que se me veja
Assim
No mar.
Depois de vivo
Entrego-me
Ao (re)nascimento.



27OUTUBRO2016

Sem comentários:

Enviar um comentário