domingo, 26 de abril de 2015

A VIDA CANSA





A vida cansa-me!
Eu sei que sou redundante,
Eu sei que não tenho o nexo
Das permissas intelectuais,
Que movem a "inteligência".
Inteligência, é muito mais.
É ser simples, pensar,
Que apesar de simples,
Atingimos estados difíceis,
Que nem os iluminados entendem.
Não luto contra nada.
Não luto contra ninguém!
Toda a minha vida tem sido
Perseverança contra o anonimato.
Não quero ser reconhecido!
Por nada! Por absolutamente nada!
Só por quem merece.
Só por quem me merece!
Essa é a minha diferença!
Só quero lógica na vida.
E não há! Não existe!
Querida amiga e irmã,
A minha lógica é a nossa lógica!
É viver o dia, de fio a pavio,
Sem velas, que não as de cheiros,
Sorrir com as loucuras aceitáveis,
Desiludir os ídolos imagináveis,
E acabar com as tretas da humildade,
De quem não a tem e sobrevive assim!
O que me doi, és tu! Não na dor do corpo,
Conheço-te tão bem! És tu nas parcelas,
Nos teus somatórios de vida,
Que sobrepõem a insignificância!
E eu, que não te perdoo assim!
Eu que sei o que somos,
O que amamos e gozamos,
Que falamos horas a fio.
O meu frio, não tem grau definido.
O meu calor és tu! Porque te adoro,
Porque és a mãe dos meninos que adoro!
A mulher do meu irmão prematuro.
É duro! Sabemos que sim!
Que se foda a vida, sem nós!
Agarra-te a uma árvore!


26ABRIL2015



Sem comentários:

Enviar um comentário